homem mata enteado e população revoltada, lincha o infeliz.

Um homem morreu no fim da tarde de ontem, em Camaragibe, depois de ter sido linchado por seus próprios vizinhos. O motivo do linchamento? Minutos antes o ex-presidiário Geraldo Luiz de Lima, 43 anos, havia matado o seu enteado, Jonatas Almeida da Silva, 24. Os crimes aconteceram no bairro de Santa Mônica, por volta das 17h30. Depois de uma discussão e de uma luta corporal na casa onde os dois residiam, localizada na rua Catarina, Geraldo de Lima pegou uma faca peixeira e desferiu um golpe contra o peito de Jonatas. Em seguida, ele saiu de casa. Mas não foi muito longe. Depois de andar alguns metros, vizinhos de Geraldo, revoltados com o que ele havia feito, armaram-se com pedras, pedaços de concreto, tijolos e madeira e o lincharam.
Quando a Polícia chegou no local, a rua Boa Viagem, encontrou o corpo do homem com muito sangue. Ao seu lado, os objetos usados no linchamento. Ninguém foi encontrado próximo ao corpo e não houve prisões. As pessoas só voltaram a se aglomerar no local depois que a polícia chegou.

Logo depois que Geraldo desferiu a facada no peito de Jonatas, a mãe do rapaz o socorreu para o Centro de Especialidades Médicas de Camaragibe (Cemec). No entanto, Jonatas já chegou na unidade hospitalar sem vida. Familiares do rapaz estavam inconsolados com o que aconteceu. “Eu já havia dito a minha irmã que um dia isso ia acabar acontecendo. Esse homem já havia me agredido e a outras pessoas da família. Ele nunca prestou e quando bebia virava um monstro. Ele já havia dito que um dia ia fazer um ‘pacote’ aqui. Hoje ele fez, mas foi junto”, disse o tio da vítima, Davi Andrade Silva.

Peritos criminais do Instituto de Criminalística (IC), que examinaram o corpo de Geraldo, identificaram diversas lesões provocadas com instrumentos contundentes em sua cabeça. Também encontraram marcas de paulada em suas costas. “As marcas aparecem em diversas partes do corpo. Ele foi bem castigado”, comentou o perito do IC, Diego Costa.

Policiais do Departamento de Homicídio e Proteção à Pessoa (DHPP) realizaram exames na residência onde a família morava e encontraram sinais de briga corporal. “O vidro da porta da casa estava quebrado e tinha muita coisa fora do lugar”, comentou o delegado Gustavo Ramos.

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