INVASORES DE TERRENOS PÚBLICOS SE REÚNEM COM VEREADORES DE SANTA CRUZ



Dezenas de pessoas que integram o grupo de invasores que apropriaram de algumas áreas públicas para construírem casas em Santa Cruz do Capibaribe se reuniram hoje, quarta feira, dia 30 de janeiro, com os Vereadores de oposição e situação na Câmara Municipal da cidade.
 O objetivo do encontro que contou com o apoio da Polícia Militar para garantir a segurança e integridade dos presentes, foi encontrar soluções para resolver o problema das invasões que estão ocorrendo nas proximidades do Moda Center Santa Cruz.
 Uma comissão dos sem-teto liderados pelo Pastor Joel Gomes foi recebida pelos vereadores, que juntos debateram algumas alternativas para a questão. Na oportunidade Joel criticou alguns componentes da imprensa, alegando que os mesmos destorcem as informações.
 O Vereador de oposição, Carlinhos da Cohab (PSL), destacou a importância do requerimento apresentado pelo colega de bancada Deomedes Brito (PT). Em contra partida, o Vereador Deomedes falou sobre um estudo para identificar possíveis pessoas que tem condições financeiras e possa querer ocupar a área pública. “Sabemos que a valorização de um terreno em Santa Cruz é algo efetivo e dificulta a vida das pessoas mais carentes, que não têm condições de adquirir um lote para construírem suas residências”, enfatizou Brito.
 Os invasores solicitaram uma audiência pública para debater o problema e disseram que as construções seriam paralisadas até o dia da realização da audiência.
 “Precisamos de material de construção para ajudar pessoas que estão em situação de risco e precisam de um teto. Vamos obedecer à determinação de não continuar as construções, mas se nosso advogado encontrar uma brecha legal na lei vamos retomar os serviços”, afirmou Joel.
 Aproximadamente 200 famílias fazem parte das invasões e de acordo com o Pastor Joel, todas estão dentro do padrão que deveria ser beneficiado por programas habitacionais, mas segundo ele as ações governamentais só beneficiam quem recebe mais de três salários mínimos, o que exclui os participantes do movimento.
 O Vereador e líder do governo, Dida de Nan (PSDB) foi taxativo e afirmou que não concorda com a invasão. Também confessou não intender de lei. “Uma lei diz que não pode, outra diz que pode e fica nesse disse e me disse”.
 Ernesto Maia (PTB) se pronunciou admitindo que o problema deveria ter sido resolvido pela gestão passada, mas já que não teria dado tempo, teria que ser discutido agora e resolvido o problema. “Existem limitações, existem locais que não podem ser habitados”. Defendeu que seja destinada uma área para as pessoas carentes, porem com critérios para que seja realmente destinado a quem precisa.
 O Vereador Afrânio Marques (PDT) disse que a cidade esta quebrada e que não se pode jogar as pessoas ao realento e ironizou dizendo que o município foi colocado em falência por um grupo político que governou a cidade. Se referindo ao grupo denominado “Taboquinha”.
  O líder da oposição, Ernesto, respondeu as criticas dizendo que o atual governo iria pela primeira vez demolir as residências das pessoas. Falou também que Afrânio estaria politizando o problema em vez de arrumar as soluções.
 O atrito entre os vereadores foi paziguado, quando o Presidente da Câmara, Junior Gomes (PSB), chamou a atenção do colega de bancada (Afrânio).
 Após a reunião cartazes foram expostos pelos manifestantes que se aglomeraram em frente à Câmara Municipal. Os Vereadores de Oposição foram aplaudidos pelos presentes.

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