De acordo com o diretor do Hospital Municipal, Ricardo Damasceno, na madrugada de domingo, assim que Amanda deu entrada na unidade, recebeu atendimento e tomou um remédio para conter as dores. Ficou em observação acompanhada de uma técnica em enfermagem. Segundo o diretor, Amanda negou ter ingerido alguma substância abortiva, mesmo se queixando de dores.
Conforme relatos da técnica em enfermagem, Amanda pediu para ir ao banheiro e lá dentro deu um grito. Foi nesse momento que a profissional se deparou com uma criança dentro do vaso sanitário, abortada por Amanda. “Quando percebi que a criança estava viva, pedi ajuda, mas ouvi em seguida a mãe dizer que não queria que o filho sobrevivesse. É monstruoso uma mãe dizer uma coisa dessas”.
Depois de retirada do vaso, a criança foi submetida com sucesso a uma reanimação cardiorrespiratória, pois o coração estava batendo. A direção acionou a pediatra do hospital, que prestou os primeiros socorros ao bebê, enquanto a mãe era transferida para a Maternidade São Domingos Sávio. Apesar do atendimento, o bebê morreu logo depois, segundo a direção do hospital, por imaturidade pulmonar.
O corpo da criança foi entregue à mãe, que já estava liberada da maternidade. Amanda chamou um mototáxi e pediu para levá-la para casa. Segundo o mototaxista, no momento em que ele se aproximou de um matagal no bairro do Santíssimo, a passageira pediu para que ele parasse a moto. “Ela se afastou e entrou no mato, voltando em seguida somente com o pano”, diz.
O mototaxista deixou Amanda na casa dela e foi atrás da polícia. Ele disse que quando chegaram no mato, ficaram chocados ao ver o corpo da criança jogado. “Não acreditei no que vi”, disse o mototaxista, que pediu para não ter o nome divulgado. Na delegacia, Amanda disse que não queria a criança. Ela foi presa em flagrante e está à disposição da Justiça.
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